domingo, 6 de julho de 2014

Louis Garrel para a "Vanity Fair"

Louis concedeu à revista "Vanity Fair"- Itália, edição de julho desde ano, entrevista onde fala sobre o longa "La Jalousie", a finitude do amor e o ciúme.

Confira abaixo a entrevista traduzida:


por Carla Bardelli

Louis Garrel: "Para sempre? Não, infelizmente."

Em seu último filme ele interpreta uma história familiar (a sua) com base na traição,abandono e dor. Mas o ciúme , é melhor deixar isso para trás e encontrar um novo amor (sem truncar com os antigos).

"Os conflitos familiares sempre foram o pão e manteiga dos filmes de papai" , diz Garrel, que em "Jalousie", que acabou de sair nos cinemas e é dirigido por seu pai, Philippe, interpreta o avô, Maurice.
Apresentado no Festival de Cinema de Veneza do ano passado, o filme explora os assuntos privados da família Garrel, pondo a nu as feridas da infância de Philippe durante a separação traumática dos pais. "Eu não poderia escolher qualquer outro ator para interpretar esse papel, especialmente porque meu filho neste momento tem a mesma idade que meu pai tinha quando deixou minha mãe por outra mulher", disse o diretor.
Louis acaba de completar 31 anos de idade. Ele explica: "Este é um filme sobre a devastação do ciúme, capaz de deformar a realidade que, a principio, parecia idílica, um clássico com que muitos podem identificar-se. Por outro lado, nem sempre é fácil deixar alguém para começar uma nova história de amor. Ex-companheiro de Valeria Bruni Tedeschi, com quem adotou uma criança, atualmente namora a atriz iraniana Golshifteh Farahani, com a qual fará um filme, o ator acrescenta: "Eu te amo e isso é para sempre" como diz Louis à Claudia no filme, " É uma belíssima frase, mas infelizmente, é falsa, pois no amor nada é definitivo.

Em "La Jalousie" você interpreta seu avô, Valeria Bruni Tedeschi em "Un château en Italie" interpretou a si mesma, no intimo do casal. Não lhe constrange levar ao cinema suas histórias e as de sua família?

O escritor Françoise Sagan disse que os eventos de um astronauta não o interessavam tanto quanto os de seu filho, de sua amante ou amigo do coração. Concordo plenamente. Adoro filmes intimista. Histórias de amor e adultério são temáticas privadas, mas também universais. 

O filme fala sobre os dramas gerados pelo ciúme. O que você pensa sobre este sentimento?

"Em 'L'enfer' de Chabrol , o ciúme é mostrado como uma psicose, um estado de doença relacionado ao medo de perder o outro. No filme de Philippe Garrel é diferente, é uma doce tragédia. Como a pequena filha de Louis, que mudou para longe do pai por causa da madrasta ciumenta , impotente face ao abandono.

E você, como encara o ciúme?

O homem sábio entende que o ciúme é algo inútil. Quando uma terceira pessoa fica no caminho, provavelmente, é tarde de mais. Mas nem sempre a pessoa que deixa é a  que está melhor na situação. A pessoa abandonada pode entregar-se a melancolia, ser a vitima, cercar-se de consolo, encontrar afeto. Aqueles que deixam são condenados a revolver-se na culpa. Ele é o culpado e não merece perdão.


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A entrevista em italiano pode ser lida AQUI

Lembrando que a entrevista foi traduzida por mim, que sabe pouquíssimo de italiano.Sendo assim, qualquer erro ou incoerência pode e deve ser avisado nos comentários.





Au revoir!




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